sábado, 2 de agosto de 2014

Quando os olhos enganam


Muito interessante como podemos nos enganar com o aparente ou constatar que aquela velha frase " nem tudo que parece é" se aplica em vários momentos de nossas vidas.

Ontem, ao sair do meu apartamento e entrar no elevador, me deparei com uma imagem afixada no interior do mesmo e que arrancou de imediato um pensamento alto; "Meu Deus! O síndico enlouqueceu.

Os meus olhos viram um folheto com a imagem de uma mulher com curvas fartas que estava com as nádegas de fora. Falando no popular, vi uma mulher com sua bunda imensa de fora. Neste contexto , vocês tem que concordar que não era para menos meu espanto e minha expressão -"Meu Deus!O síndico enlouqueceu."

Óbvio que quis entender o porque daquele folheto  e que aviso condominial estaria se referendando  àquela imagem.

Na verdade, ao olhar com calma inquietante e curiosidade exacerbada  vi que estava diante da figura de um homem tocando violoncelo. É isso mesmo! um violoncelo , que na posição apresentada parecia as nádegas volumosas de uma mulher.

Depois de rir muito e já fora do elevador, continuei a pensar sobre o equívoco ocular, de como meus olhos me enganaram. Comecei a devanear sobre a vida fazendo um paralelo ao episódio. Refleti de como muitas vezes nos enganamos  com as pessoas, com o trabalho, ou até mesmo com uma simples transação de compra. Quem já não conheceu alguém que lhe parecia ser uma coisa e depois se revelou outra? Ou desejou o emprego dos sonhos e depois de conquistá-lo viu que não era bem assim? Comprou algo pela revista ou internet e ao chegar a mercadoria o objeto era bem diferente do anunciado? Sim , pelo menos uma vez na vida já passamos por algo assim.

Mas, da mesma forma que ao olhar com mais atenção a imagem do elevador pude vê-la no seu real, creio que  talvez, possamos evitar  nos enganarmos com o irreal se pararmos e fixarmos nossos olhos as situações, ao contexto a nossa volta, não reagindo ou nos atirando  de imediato ao  aparente . Talvez possamos nos poupar de espantos como o que tive e não ir, de cara, crucificando  o síndico, chamando-o de louco.


Aprender a parar e olhar com calma para além do que  é apresentado, nos poupará de desgastes ou possíveis sofrimentos. E quem sabe até nos fará rir.

QUERIDINHA DO MÊS